“Ave, cheia de graça, o senhor é contigo! (Lc 1,28)

Esta saudação do anjo à jovem de Nazaré, Maria, reveste-se de um significado sobrenatural, porque veio da parte de Deus para escolher aquela que receberia em seu seio a salvação da humanidade; teria que ser alguém muito especial para ter o especial título de “maternidade divina”; seu SIM abriu caminho para que fossemos salvos.

A saudação se desdobrou em uma profunda reflexão teológica ao longo da história de nossa Igreja e foi objeto de controvérsias, não sem a presença de santos e santas que se debruçaram sobre o papel da “sempre virgem Maria” na história da salvação.

O “Ave, cheia de graça” viajou na história da Igreja, nas mãos de santos e santas, concílios, no senso comum dos fiéis, teólogos e chegou até o Papa Pio IX, em 1854:

“Por uma graça e favor singular de Deus onipotente e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, salvador do gênero humano, a bem-aventurada virgem Maria foi preservada intacta de toda mancha do pecado original no primeiro instante da sua Conceição”.

A história da SSVP e de toda a Família vicentina se confunde com a história da Igreja na devoção a Nossa Senhora, especialmente com este de tantos outros títulos, o de Imaculada Conceição. São Vicente de Paulo, Luisa de Marillac e o beato Ozanam a tinham em grande estima, a ponto de nosso fundador a ter colocado como uma de suas festas regulamentares, a de Imaculada Conceição, em 08 de dezembro.

Possa cada confrade e consócia procurar “conhecer” e olhar Maria com mais afeição e procurar, acima de tudo, seguir seus passos que encantam o mundo cristão e não cristão, e que nos apontam para o Salvador: “fazei tudo o que Ele vos disser”. (Jo 2,5)

Um dia, estaremos com toda a Igreja juntos de Jesus e com ela, que já está com seu filho, pois foi assunta ao céu, como nos declarou solenemente o Papa Pio XII, em 1950:

“Finalmente, a virgem Imaculada, preservada imune de toda a mancha da culpa original, terminando o curso da vida terrena, foi elevada ao céu em corpo e alma exaltada pelo Senhor como rainha, para assim se conformar mais plenamente com seu filho, Senhor dos Senhores e vencedor do pecado e da morte”.

Que Nossa Senhora, a Imaculada Conceição, interceda junto ao seu filho por cada Conferência e por cada família assistida de nossa querida Sociedade de São Vicente de Paulo.

Confrade Cristóvão Gonçalves

Conselho Metropolitano de São José dos Campos