A visita domicilar

 A visita domiciliar é uma experiência única que ninguém aprende ou ensina, a não ser pelo coração aberto e pelo chamado de Deus para viver uma vida com mais amor.

Em cada visita, em cada momento, aprendemos com os Pobres. Temos a chance desse contato íntimo com Deus [...] A visita aos Pobres em seu domicílio é um dos momentos mais importantes na vida do vicentino. Esse momento deve ser uma oportunidade de aprendizado e de troca de experiências, portanto façamos dessa oportunidade um momento de oração. Tenhamos calma, disponibilidade de ouvir e generosidade para entender as dificuldades e limitações que quem recebe a visita.
Não podemos ser invasivos em nossas visitas. Saber respeitar a privacidade dos Pobres seja onde quer que ele esteja vivendo. Não devemos nos confundir com investigadores e querer em bem pouco tempo saber todas as informações da pessoa ou da família. A relação a ser construída necessita de tempo para que, na confiança, os Pobres possam querer partilhar seus problemas, suas limitações seus sonhos com os vicentinos.
Devemos ter sempre o cuidado de não julgar aqueles que ajudamos. Muitas vezes nossos julgamentos podem se basear apenas em nossa realidade, esquecendo que a realidade e condição de cada pessoa é diferente da outra. [...]
Temos em muitos países doenças atacando as camadas mais pobres [...] Ajudar Pobres sofridos pelo efeito das drogas ou sofredoras de doenças incuráveis é um forma de livrá-los de um mal avassalador. Em nossas visitas domiciliares muitas vezes nos deparamos e, porque não dizer, nos desesperamos com essas situações. A miséria, a solidão, as poucas chances já são chagas para esses irmãos e irmãs, e quando sofrem ainda na família com esses males, nossas dificuldades para uma promoção e verdadeira mudança de estrutura em suas vidas é ainda mais complicada. O simples fato de ir até esses sofridos e buscar ser ESPERANÇA para suas vidas sofridas já é uma enorme ajuda. Em muitos casos essas pessoas e famílias são abandonadas pela sociedade e pelo Poder Público. Quando alguém os visita pessoalmente, sem nenhuma cobrança, é a manifestação da presença de Deus para Elas – confrade Carlos Henrique David (ex vice-presidente do CNB)