Para o ano temático de 2014, o Padre  Mizaél  Donizetti  Poggioli, da Congregação da Missão, escreveu o livro “Missionários na Caridade”.

      Como já é do conhecimento de todos nós vicentinos,   o tema   para este ano de 2015 é  “Tecendo a Caridade” que, também, foi escrito pelo padre Mizaél.  Todos os livros  da “Coleção Vicentina”..... e todos os outros que falam  sobre a nossa missão de “seguir o Cristo – Servidor e Evangelizador dos Pobres”  nos trazem grandes ENSINAMENTOS.

      Para quem  ainda não teve a oportunidade de refletir, meditar sobre os ENSINAMENTOS do livro “Tecendo a Caridade”, transcrevemos, abaixo, alguns deles.

Temos certeza de que estas “anotações” nos motivarão a ler, refletir, meditar e, com a Graça de Deus e em união com todos os nossos confrades e consócias, praticar os ensinamentos que recebemos.

 

           Na “Apresentação”  deste livro, a consócia Emília, presidente do Conselho Nacional do Brasil, nos fala que:

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........  Os seus livros [do padre Mizaél] nos  fazem  questionar, sempre, se, realmente, na caridade, fazemos o que é preciso ou se ficamos apenas no discurso.  Trazem-nos, com clareza, os pensamentos de Ozanam e de Vicente de Paulo de que nossa fala deve ser coerente com a nossa prática e sugerem que devemos primeiro fazer, para depois ensinar.   (grifo nosso)

......... o Pobre, além de precisarmos atendê-lo em todos os aspectos de sua vida, devemos incentivar que ele seja sujeito de  sua transformação, de seu desenvolvimento, de sua história e não objeto de nossas vontades. (grifo nosso)

      Padre Mizaél lembra-nos da necessidade de ouvir os Pobres, de falar com eles de forma simples e transparente............ O autor nos desafia a não nos contentarmos com pouco, a não ficarmos satisfeitos em saciar apenas algumas fomes e sedes......

                                                                                      (pág. ix  e  x)

 

  E no “Prefácio”, padre Mizaél nos diz: 

      Ao longo dos tempos, diversos grupos da Família Vicentina desenvolveram formas espontâneas de aproximação e colaboração mútua. Nos últimos anos, esta aproximação têm crescido cada vez mais.........   São evidentes as razões que..... nos direcionam como Família Vicentina: a Mística da Caridade, a experiência espiritual dos Fundadores....o testemunho  de modelos de santidade da Família Vicentina através dos tempos, o serviço aos Pobres, as virtudes vicentinas e a esperança de poder transformar a realidade daqueles aos quais servimos (grifo nosso) ............................................... 

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Os objetivos dessa formação:

1 – Proporcionar programas de formação para Assessores, Diretores e líderes da Família Vicentina;

2 – Iniciar e desenvolver a compreensão do método “Mudança Sistêmica” como um caminho da promoção do desenvolvimento sustentável dos Pobres;

3 – Fornecer ferramentas necessárias (conhecimentos, convicções, habilidades) aos participantes para ajudá-los a cumprir suas responsabilidades de animar, dirigir, acompanhar e liderar a Família Vicentina em sua região de origem;

4 – Proporcionar oportunidades para intercâmbio de experiências e de formação mútua com o objetivo de aprofundar a Espiritualidade Vicentina.

 

   Este é o tema de reflexão que propomos neste livro, Tecendo a Caridade, ........

São 50 pequenos capítulos sobre “Mudança  Sistêmica” que poderão transformar-se em úteis ferramentas para ajudar os Pobres a saírem da pobreza.

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TEXTO  REDIGIDO  PELA  CONSÓCIA  VERA (coordenadora nacional da Escola de Capacitação Antônio Frederico Ozanam):  “Tecer significa entrelaçar regularmente os fios; construir teia, construir tecidos fio a fio; compor entrelaçando; construir passo a passo. Enfim, o tecelão e a tecelã precisam ter muita paciência, zelo e cuidado ao construir o tecido, fio a fio, num trabalho contínuo de dedicação, perseverança e vocação. E, antes que o trabalho de tecer comece, é preciso ouvir o cliente sobre qual a cor, a textura do fio, o tamanho do tecido que ele deseja....

 

 .........parafraseando aqueles que tecem, a Caridade na perspectiva de Mudança de Estrutura, para dar certo, precisa ser construída passo a passo, com cuidado, zelo, amor, perseverança e paciência.

                             (pág. xv)

 

MAIS  ALGUNS DOS   ENSINAMENTOS  CONTIDOS  NO  LIVRO:

 

   ...............[devemos] cuidar da pessoa humana em todas as suas dimensões: espiritual, ética, econômica, social, cultural, etc........  (pág. 25)

 

.................Assim, como é um ato de fé acreditar na presença de Jesus Cristo na Eucaristia, e em todas as outras maneiras da presença de Deus, é também um ato de fé ver Jesus Cristo presente na pessoa do Pobre. Deus está no Pobre.  (pág. 27)

 

[Vicente] insistia que não só devemos fazer o bem, mas que devemos fazê-lo bem.(pág. 28)

.... A prática da Caridade é, também, a luta pela promoção e libertação dos oprimidos. (pág. 31)

 

..... Quando o Pobre vê que pode fazer alguma coisa, que ele é capaz, ele se convence de que também é sujeito humano como os outros, capaz de lutar pela sua dignidade.

                                                                                                                 (pág. 35)

 

..... Embora Vicente de Paulo seja mais conhecido por suas obras práticas de caridade, ele também atuou como advogado dos Pobres perante as altas autoridades e em ocasiões que corria risco com sua própria vida.  (pág. 39)

 

...... A Boa Nova é proclamada, fundamentalmente, pelo testemunho. O testemunho se dá quando há compreensão das situações da vida, quando se acolhe a todos sem distinção, quando existe a solidariedade para com os que sofrem, quando o amor é efetivamente vivenciado. Quem age assim irradia de modo absolutamente simples e espontâneo o testemunho de sua fé.......   (pág. 45)

 

...... A missão vicentina é clara: Vicente de Paulo, ........, comprometeu-se a seguir Cristo, como evangelizador e servidor dos Pobres.  (pág. 47)

 

..... Os que rezam não desperdiçam seu tempo, mesmo quando a situação pareça desesperadora e pareça que somente se necessita de ação.  (pág. 48)

                                                

.... Temos que evangelizar através “da palavra e das obras”   (pág. 53)

 

            7.   Onde  encontrar  os  Pobres  (pág. 57)

      As pessoas piedosas sempre perguntam: onde encontrar Deus?    ........................

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   Entretanto, aprendemos com  Jesus que a pergunta fundamental deve ser outra: Onde Deus quer ser encontrado por nós?  ...................... no faminto, no sedento, no nu, no doente e no prisioneiro, no migrante sempre peregrino........... no oprimido, no vulnerável, no marginalizado, no Pobre....   

 

         9. Nunca perder a esperança  (pág. 61)

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      “A Caridade não é assistencialismo, nem sequer uma ação para tranqüilizar as consciências. Não. Assistencialismo não é amor: é apenas negócio!  O amor é gratuito. A Caridade, o amor é uma escolha de vida.... é um modo de ser, de viver....

       No mundo de hoje, a palavra solidariedade corre o risco de desaparecer dos dicionários....

    ....... nossa missão é estarmos atentos às suas [dos Pobres] necessidades e às suas esperanças, de maneira que não somente os evangelizemos e os sirvamos, como também nós mesmos nos transformemos no contato com eles.  (pág. 68)

 

...... Fale de Deus por meio da linguagem e, sobretudo, por meio das relações pessoais, estando com os Pobres, trabalhando com eles, formando uma comunidade que testemunha o  amor de Deus pelos homens.   (pág. 72)

                                                              

.....  São Vicente de Paulo insistia na importância de manter uma atitude respeitosa com os Pobres: “Sempre que falei aos galeotes de uma maneira rude, estraguei tudo. Mas quando os louvava por sua aceitação e lhes mostrava compaixão, quando partilhava seus sofrimentos, quando beijava suas correntes e lhes mostrava quão impactado estava eu mesmo quando eram castigados, então sempre me escutavam e até se voltavam para Deus”. (grifo nosso)   (galeote: escravo condenado a remar as galés, espécie de navio)  (pág. 74)

 

Na pág. 136, o Padre Mizaél transcreve palavras do padre Pedro Opeka: “..............

Quando exploramos o mistério da aliança entre Deus e a humanidade, quando desenvolvemos os dons da compaixão, da misericórdia e da partilha, passamos além dos limites da justiça humana e começamos a espalhar a caridade que não conhece fronteiras.   ...............................

...... tentamos retornar continuamente à fonte da Boa Nova e abrir nossos corações a ela.  Se o fizermos com fé e, portanto, nos passos de Cristo, nós mesmos seremos a Boa Nova”.

 

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Vamos louvar e agradecer a Deus pela graça que Ele nos concedeu de podermos participar desta grande “Obra de Deus”, a Sociedade de São Vicente de Paulo!!!

Por isso, rezemos: LOUVADO  SEJA  O  NOSSO  SENHOR  JESUS  CRISTO!!!

 

Agradecemos ao Padre Mizaél: que o Divino Espírito Santo continue o iluminando em sua MISSÃO....

Agradecemos ao confrade Carlos Vidal e à consócia Vera por nos ter incentivado a divulgar (mesmo de uma maneira simples: só copiando...) o tema “Tecendo a Caridade”.

           Que o Divino Espírito Santo ilumine a todas as pessoas..... cada uma em sua MISSÃO.

 

                          Confrade Rafael José de Barros Pinto

Conselho Central de Passos