São Vicente de Paulo, o patrono de todas as obras de caridade, é lembrado de forma especial neste domingo (27), quando se celebram os 355 anos da morte dele. O seminarista Gustavo Alivino que é da Congregação da Missão, ordem fundada pelo próprio São Vicente, escreveu um artigo exclusivo para o site do Conselho Metropolitano de Formiga da Sociedade de São Vicente de Paulo. No texto, o seminarista lembra a caridade de Vicente e pede que seus seguidores anunciem a boa-nova de servir aos Pobres.

Queridos confrades e consócias,

Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

Celebraremos no próximo domingo (27 de setembro) a Solenidade de São Vicente de Paulo, Pai da Caridade e Pai dos Pobres. Sua origem camponesa o fez mais sensível às coisas concretas. São Vicente foi “um arauto da misericórdia e da ternura de Deus”, nos recorda São João Paulo II. Vicente de Paulo deixou ser guiado pela Divina Providência após seu processo de conversão e soube estar atento aos sinais dos tempos. São Vicente veio iniciar e nos orientar no caminho da caridade, seguindo o exemplo de Jesus Cristo, “evangelizador e servidor dos Pobres”. Jesus foi o evangelizador e o primeiro a servir àqueles que estão à margem da sociedade: os Pobres, Pequenos e Pecadores.

A caridade precisa arder em nossos corações para que sejamos autênticos servidores do vosso Reino, trazendo esperança e paz aos irmãos e irmãs que sofrem.

Nunca é demais voltar à fonte e à vida de oração, relendo São Vicente. Afinal, "quem reza é capaz de tudo". Durante séculos, Vicente de Paulo atraiu homens e mulheres de todas as classes sociais que se reuniram para o serviço dos Pobres. É simples a razão disso: ele oferece uma espiritualidade prática, extremamente sedutora, um "amor afetivo e efetivo". Vicente descobriu a terrível realidade da miséria econômica e espiritual do “pobre povo do campo”. A exemplo de São Vicente, devemos estar atentos aos sinais de pobreza existentes hoje. Podemos ainda cantar: “Vem, vamos nos revestir de Vicente, porque lá fora muita gente, vive a incerteza do amanhã”. Nosso patrono nos dizia: “Deus ama os pobres, e por conseguinte, ama aqueles que amam os pobres, pois, quando se ama muito uma pessoa, amam-se também seus amigos e servos”.

Ele continua hoje nos impelindo a amar a Deus "com o suor de nossa fronte e a força de nossos braços". Necessitamos ouvir os clamores dos Pobres e servi-Los com alegria. Vamos divulgar a nossa espiritualidade, vamos espalhar nosso carisma vicentino! Deixemos São Vicente nos falar: “Não podemos melhor assegurar nossa felicidade eterna senão vivendo e morrendo no serviço aos pobres, nos braços da Providência e numa verdadeira renúncia de nós mesmos, para seguir Jesus Cristo". 

Gustavo Alivino (Congregação da Missão-CM)