Bazares vicentinos são fonte de renda e contribuem com a sustentabilidade do planeta

Roupas usadas que seriam jogadas no lixo são ressignificadas nas lojas de caridade e, além de poderem ser adquiridas por um valor muito abaixo do mercado, o dinheiro é uma fonte de renda para Unidades da SSVP

 

Você sabia que a Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) também atua no mercado de varejo de moda? Segundo dados do Conselho Geral Internacional (CGI), a instituição tem cerca de 1600 lojas de caridade (bazares e brechós). A maioria delas está concentrada na Austrália (633) e nos Estados Unidos (550).

No Brasil, na área do Conselho Metropolitano de Formiga, muitas Unidades Vicentinas têm percebido o importante potencial dos bazares como captação de recursos para a SSVP.

Em Lagoa da Prata, na Avenida Brasil, um dos principais endereços da cidade, funciona uma destas lojas de caridade. O Bazar São Vicente de Paulo existe há 7 anos, e funciona de segunda a sexta de 8 às 12h e 14 às 18, e aos sábados de 8 às 12h.

Por mês, as vendas geram um faturamento médio de R$6 mil. Um negócio totalmente rentável, pois ele funciona nas dependências do prédio que já é da SSVP; as roupas são doações da comunidade; uma vicentina doa a mão de obra e a única despesa é com uma funcionária que administra o bazar, informa o confrade Sérgio Murilo dos Santos, coordenador do Lar São Vicente, mantenedor da loja de caridade.

Outra Unidade Vicentina que também implantou um bazar como captação de renda foi a Vila Vicentina Padre Geraldo Rezende, em Bambuí. A presidente, consócia Gasparina Goretti Chaves, teve e iniciativa de abrir a loja de caridade no Lar. Por mês, eles chegam a faturar até R$1.2 mil. Todo o dinheiro obtido é empregado no Lar.

 

SUSTENTABILIDADE

 

Além de fonte de renda, os bazares vicentinos demonstram todo o comprometimento da SSVP com o planeta. A instituição é membro associado da UNESCO, membro do Movimento Católico Global pelo Clima, com status consultivo no Conselho Econômico e Social da ONU (Ecosoc).

As peças que fomentam o negócio seriam, na maioria, descartadas, sendo que estariam em plenas condições de reutilização. E ao serem descartadas, constituiriam mais um problema global: o lixo.

Ainda segundo o CGI, as lojas de caridade também são um sucesso na Irlanda, que recebe de 15 a 20 mil toneladas de doações de roupas. O país desenvolveu um modelo de negócios circular que inclui uma rede de centros de coleta, classificação e redistribuição de têxteis denominados Order Fulfillment Centres (OFCs).