A primeira etapa das eleições municipais está na reta final. No próximo domingo, muitas cidades já terão elegido os prefeitos e vereadores; outras vão iniciar o segundo turno à Prefeitura. Em meio a muitas propostas não cumpridas, brigas ferrenhas entre cabos eleitorais nas redes sociais e o desafio de escolher os melhores candidatos, afinal, está nas mãos dos eleitos o papel de promover a justiça social, o eleitor pode ainda estar confuso sobre em quem votar.
A Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) é uma instituição apartidária, no entanto, tem uma preocupação política focada na eleição de pessoas de bem, honestas e comprometidas com a causa dos Pobres.
O confrade José Geraldo Maia Alonso, coordenador do Departamento de Normatização e Orientação (Denor) do Conselho Metropolitano de Formiga, aponta o modelo ideal de político. “Ozanam foi candidato a um cargo político na França e, infelizmente, não ganhou. Mas seria bom se tivéssemos Ozanams para votar. Pessoas altruístas, que entram na vida pública com o objetivo de pensar no bem-estar das pessoas”.
Ao longo dos anos, a própria SSVP editou documentos mostrando como os vicentinos devem agir em período eleitoral à luz do pensamento cristão. Um dos principais é a cartilha ‘O vicentino e a política’. Nela, há o modelo do ‘político ideal’, aquele que merece vencer: “tem uma proposta política viável, defende a vida, os direitos humanos, é acessível a quem o busca e é sensível aos empobrecidos. Luta pelo bem comum”.
O mesmo documento também mostra o perfil dos candidatos aos quais os eleitores devem manter distância. São eles: político profissional (está há anos no poder e nada faz), político interesseiro (trabalha para o próprio proveito), político exibicionista (busca a autopromoção), político engomadinho (fala bem, mas nada faz), político de promessa (usa de propaganda enganosa para vencer as eleições) e o político sem identidade (muda de partido conforme conveniência e não é comprometido com o povo).
O mesmo documento sugere seis critérios para serem usados na escolha dos candidatos:
1) Idoneidade e maturidade;
2) Preparação;
3) Não usar para proveito próprio;
4) Lutar contra o absolutismo e a intolerância;
5) Dedicar-se ao bem comum;
6) Amor e coragem pela vida pública.
CONHEÇA O CANDIDATO ANTES DE DAR SEU VOTO
A Circular 050 do Denor, datada de 18 de agosto de 2020, no tópico 5, pede que os vicentinos sejam criteriosos na hora de votar. Busquem a fundo conhecer a história do candidato. “Como saber diferenciar os partidos políticos que aí estão? Como não votar em candidatos que pertencem a partidos políticos que são contrários à Igreja e, especialmente, à Doutrina Social da Igreja? Aqui, temos duas questões a se observar: os partidos políticos e as pessoas. A respostas para ambas é conhecer”.
Fonte: Redação do CM Formiga