Foto: Cripta onde repousa o corpo do Bem-aventurado Antônio Frederico Ozanam
Neste Dia de Finados, além de lembrar de todos os amigos e familiares mortos, o mundo recorda as milhares de vidas perdidas pela Covid-19. Estão entre os mortos do novo Coronavírus muitos vicentinos, assistidos e benfeitores. É por isso, que neste ano de forma especial, recomenda-se que as orações sejam ainda mais intensas.
O principal fundador da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP), confrade Antônio Frederico Ozanam, era insistente em pedir que os cristãos rezassem por aqueles que fizeram a Páscoa (passagem para a vida eterna em comunhão com Deus”. Em uma carta, ele conclama. “É dever orar pelos mortos”.
Tradição esta que se repete ao longo dos anos dentro da SSVP. Ao final de cada reunião vicentina, os confrades e consócias recitam juntos a oração: “Pela misericórdia de Deus, as almas dos fiéis falecidos descansem em paz. Amém!”.
As cartas de Ozanam, um precioso documento deixado por ele, também mostram a relação do principal fundador da SSVP com a morte. Ele tinha um olhar de fé e esperança, conforme se observa nos trechos a seguir:
“É dever orar pelos mortos”
“Certamente, rezo pelos falecidos e, nessa prece, eu encontro muita doçura”
“As provações me fazem recordar ser preciso procurar o repouso além deste mundo”
“É necessário amar até a morte, combater até o fim”
“Creio firmemente que os nossos mortos bem-amados não nos abandonam, que eles nos acompanham e a eles devemos atribuir muitos desses bons impulsos e dessas luzes inesperadas que nos surgem nos momentos de tentação de perigo”
“Habituo-me a entreter-me com as almas, e por elas meus pensamentos mais facilmente se elevam a regiões invisíveis onde Deus habita”
“A verdadeira glória é o reconhecimento da posteridade”
“Oh! Sejamos bons durante dez, vinte, trinta ou quarenta anos ainda, e então surgirá para nós o dia do eterno encontro”