A Espiritualidade de São Vicente de Paulo na pureza de suas próprias palavras
Há três idéias que são a coluna vertebral de toda a Espiritualidade vicentina: a identificação com a vontade de Deus, a união a Jesus Cristo que se revela nos pobres e a vivência afetiva e efetiva do grande amor de Deus pelos homens, especialmente pelos pobres.. Ele não foi um santo do etéreo, dos êxtases inflacionados e das vivências psicologicamente individualistas. Seu amor tinha fé, era cruz e entrega, tinha corpo e alma, mãos e rostos suados. Deixemo-lo falar. Sua palavra nos conduzirá para a admiração que só nasce diante da pureza e beleza de um coração grande e transbordante.
I. Identificação com a vontade de Deus
“A perfeição não consiste em êxtases, mas em fazer bem a vontade de Deus”.
* “É preciso santificar as ocupações, buscando a Deus e fazê-las para O encontrar, mais do que para as ver realizadas”.
* “O exercício de fazer sempre a vontade de Deus é o mais excelente de todos os exercícios… e, se existe qualquer outro exercício que leva à perfeição, estará eminentemente incluído neste”.
* “Peço a Deus todos os dias, duas ou três vezes, que Ele nos aniquile, se não formos úteis à sua glória”.
* “Meu Deus, quantos tesouros escondidos na Santa Providência de Deus! Minha irmã, como honram sobrenaturalmente a Nosso Senhor aqueles que seguem e não passam à frente dela! Sim, dir-me-eis vós, mas é por Deus que me aflijo. Não é mais por Deus que vos inquietais, se o vosso serviço vos causa aflição”.
* “A consolação que Nosso Senhor me dá é pensar que, pela graça de Deus, nós sempre nos temos esforçado em seguir e não em prevenir a Providência, que sabe tão sabiamente conduzir todas as coisas. Nunca percebi como agora a verdade destas palavras: Deus arranca a vinha que Ele não plantou”.
* Vede as disposições inteiramente santas de Nosso Senhor, nas quais Ele passa sua vida e as bênçãos que acompanham tudo aquilo que Ele faz. Considera somente Deus e é Deus que te conduz em tudo e por toda a parte, de sorte que podes dizer com o profeta: Seguraste-me pela mão e me guiaste segundo a tua vontade”.
* Ainda que não proferísseis uma só palavra, se vós sois bem unidos a Deus, vós tocaríeis os corações, só com a vossa presença”.
II . União total e absoluta a Jesus Cristo
* “Nosso Senhor Jesus Cristo é nosso Pai, nossa Mãe e nosso tudo”.
* “Lembrai-vos, senhor padre, de que vivemos em Jesus Cristo pela morte de Jesus Cristo e que devemos morrer em Jesus Cristo pela vida de Jesus Cristo e que nossa vida deve estar escondida em
Jesus Cristo e cheia de Jesus Cristo e que, para morrer como Jesus Cristo, é preciso viver como Jesus Cristo”.
* “Nosso Senhor é a suavidade eterna: e é por esta mesma virtude que devemos agir para ir até Ele, conduzindo a Ele os outros”.
* Não detenhais vossa vista naquilo que acontece, mas olhai a Nosso Senhor, junto a vós e em vós, e vereis que tudo irá bem”.
* “Servindo aos pobres, servimos a Jesus Cristo na pessoa dos pobres. Isto é tão verdade como o fato de estarmos aqui. Uma irmã irá dez vezes ver os doentes, dez vezes por dia ali encontrará a Deus… Ide ver os pobres forçados, ali encontrareis a Deus”.
* Não podemos assegurar melhor nossa felicidade do que vivendo e morrendo a serviço dos pobres, nos braços da Providência e numa total renúncia a nós mesmos, para seguir Jesus Cristo”.
III. A Vivência afetiva e efetiva do amor de Deus
* “A caridade faz ir até Deus, é ela que faz com que O amemos com todo o entendimento e com toda a afeição, que desejemos que Ele seja amado e servido por todos”.
* “O amor afetivo é uma efusão da pessoa que ama na pessoa amada, ou então uma complacência e ternura que se tem pela coisa que se ama, como o pai por seu filho. O amor afetivo procede do coração. A pessoa que ama está cheia de gosto e ternura, vê continuamente Deus presente, encontra a sua satisfação em pensar nele e passa insensivelmente sua vida nesta contemplação”.
* “Amemos a Deus, meus irmãos, amemos a Deus, mas que isto seja à custa dos nossos braços, que isto seja com o suor de nossos rostos. Porque, muitas vezes, tantos atos de amor a Deus: atos de complacência, de benevolência e outros afetos semelhantes e práticas interiores de um coração terreno, posto que muito bons, são, no entanto, muito suspeitos, quando não se chega à prática do amor efetivo”.
* “O amor efetivo consiste em fazer as coisas que a pessoa, a quem se ama, manda e deseja; e é desta sorte amor que fala Nosso Senhor: ‘Se alguém me ama, guarda as minhas palavras’”.
* “Deveis muitas vezes pensar que vossa função principal e o que Deus vos pede, particularmente, é terdes um grande cuidado de servir os pobres, porque são nossos senhores. Oh!, sim, minhas irmãs, eles são nossos mestres…”.
* “Tornar Deus conhecido dos pobres, anunciar-lhes Jesus Cristo, dizer-lhes que o Reino dos céus está próximo e que ele é dos pobres. Oh! Como isto é grande!”
* “Deus ama os pobres e, por conseguinte, ele ama os que amam os pobres; pois, quando se ama alguém de verdade, tem-se afeição por seus amigos e seus servos”.
*”Há pessoas que por terem um exterior bem composto e um interior cheio de grandes sentimentos de Deus, detêm-se nisto e quando vem a hora de agir esquecem-se de tudo … contentam-se com os suaves colóquios que têm com Deus na oração, falam mesmo disso como anjos, mas ao sair daí, quando é hora de trabalhar para Deus, de sofrer, de se mortificar, de instruir os pobres, de ir procurar a ovelha desgarrada, de gostar que lhes falte qualquer coisa, de aceitar as doenças, ou qualquer outra desgraça, aí, falta-lhes a coragem. Não nos enganemos: ‘totum opus nostrum in operatione consistit’(toda a nossa missão consiste em agir)”
* “Se perguntarmos a Nosso Senhor: o que veio fazer na terra? Assistir os pobres!… Mais alguma coisa? Assistir os pobres!… Nada para ele era mais importante que trabalhar para os pobres. Quando ia a outros, ia de passagem… “.
* Vede as disposições inteiramente santas de Nosso Senhor, nas quais Ele passa sua vida e as bênçãos que acompanham tudo aquilo que Ele faz. Considera somente Deus e é Deus que te conduz em tudo e por toda a parte, de sorte que podes dizer com o profeta: Seguraste-me pela mão e me guiaste segundo a tua vontade”.
* Ainda que não proferísseis uma só palavra, se vós sois bem unidos a Deus, vós tocaríeis os corações, só com a vossa presença”.
II . União total e absoluta a Jesus Cristo
* “Nosso Senhor Jesus Cristo é nosso Pai, nossa Mãe e nosso tudo”.
* “Lembrai-vos, senhor padre, de que vivemos em Jesus Cristo pela morte de Jesus Cristo e que devemos morrer em Jesus Cristo pela vida de Jesus Cristo e que nossa vida deve estar escondida em
Jesus Cristo e cheia de Jesus Cristo e que, para morrer como Jesus Cristo, é preciso viver como Jesus Cristo”.
* “Nosso Senhor é a suavidade eterna: e é por esta mesma virtude que devemos agir para ir até Ele, conduzindo a Ele os outros”.
* Não detenhais vossa vista naquilo que acontece, mas olhai a Nosso Senhor, junto a vós e em vós, e vereis que tudo irá bem”.
* “Servindo aos pobres, servimos a Jesus Cristo na pessoa dos pobres. Isto é tão verdade como o fato de estarmos aqui. Uma irmã irá dez vezes ver os doentes, dez vezes por dia ali encontrará a Deus… Ide ver os pobres forçados, ali encontrareis a Deus”.
* Não podemos assegurar melhor nossa felicidade do que vivendo e morrendo a serviço dos pobres, nos braços da Providência e numa total renúncia a nós mesmos, para seguir Jesus Cristo”.
III. A Vivência afetiva e efetiva do amor de Deus
* “A caridade faz ir até Deus, é ela que faz com que O amemos com todo o entendimento e com toda a afeição, que desejemos que Ele seja amado e servido por todos”.
* “O amor afetivo é uma efusão da pessoa que ama na pessoa amada, ou então uma complacência e ternura que se tem pela coisa que se ama, como o pai por seu filho. O amor afetivo procede do coração. A pessoa que ama está cheia de gosto e ternura, vê continuamente Deus presente, encontra a sua satisfação em pensar nele e passa insensivelmente sua vida nesta contemplação”.
* “Amemos a Deus, meus irmãos, amemos a Deus, mas que isto seja à custa dos nossos braços, que isto seja com o suor de nossos rostos. Porque, muitas vezes, tantos atos de amor a Deus: atos de complacência, de benevolência e outros afetos semelhantes e práticas interiores de um coração terreno, posto que muito bons, são, no entanto, muito suspeitos, quando não se chega à prática do amor efetivo”.
* “O amor efetivo consiste em fazer as coisas que a pessoa, a quem se ama, manda e deseja; e é desta sorte amor que fala Nosso Senhor: ‘Se alguém me ama, guarda as minhas palavras’”.
* “Deveis muitas vezes pensar que vossa função principal e o que Deus vos pede, particularmente, é terdes um grande cuidado de servir os pobres, porque são nossos senhores. Oh!, sim, minhas irmãs, eles são nossos mestres…”.
* “Tornar Deus conhecido dos pobres, anunciar-lhes Jesus Cristo, dizer-lhes que o Reino dos céus está próximo e que ele é dos pobres. Oh! Como isto é grande!”
* “Deus ama os pobres e, por conseguinte, ele ama os que amam os pobres; pois, quando se ama alguém de verdade, tem-se afeição por seus amigos e seus servos”.
*”Há pessoas que por terem um exterior bem composto e um interior cheio de grandes sentimentos de Deus, detêm-se nisto e quando vem a hora de agir esquecem-se de tudo … contentam-se com os suaves colóquios que têm com Deus na oração, falam mesmo disso como anjos, mas ao sair daí, quando é hora de trabalhar para Deus, de sofrer, de se mortificar, de instruir os pobres, de ir procurar a ovelha desgarrada, de gostar que lhes falte qualquer coisa, de aceitar as doenças, ou qualquer outra desgraça, aí, falta-lhes a coragem. Não nos enganemos: ‘totum opus nostrum in operatione consistit’(toda a nossa missão consiste em agir)”
* “Se perguntarmos a Nosso Senhor: o que veio fazer na terra? Assistir os pobres!… Mais alguma coisa? Assistir os pobres!… Nada para ele era mais importante que trabalhar para os pobres. Quando ia a outros, ia de passagem… “.
Fonte: Província Brasileira da Congregação da Missão