Ontem (26) celebrou-se Corpus Christi. Mas antes que a festa começasse, uma legião de voluntários foi às ruas para a produção dos tapetes por onde o Santíssimo passou. Os católicos desenharam símbolos cristãos no chão e, inclusive, relacionados à Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP). É que muitos vicentinos participaram da confecção deles na área do Conselho Metropolitano de Formiga. Veja como foi:
Conselho Particular de Japaraíba e Conselho Central de Arcos
Conselho Central de Bom Sucesso
Conselho Central de Campo Belo
Conselho Particular de Delfinópolis, Conselho Central de Passos
Conselho Central de Lagoa da Prata
Conselho Central de Luz
Conselho Central de Santo Antônio do Monte
Solenidade de Corpus Christi: origem da celebração na Igreja e no Brasil (fonte: Século XXI)
A Celebração de Corpus Christi recorda a Instituição da Eucaristia, na Quinta-feira Santa, quando Jesus, sabendo de tudo o que estava para acontecer, quis comer a Páscoa com seus apóstolos.
Durante a ceia, Jesus tomou o Pão e o Vinho, os abençoou e deu aos seus discípulos, selando a aliança de Deus com a humanidade por meio do seu Corpo que seria entregue e do seu Sangue que seria derramado.
Esta celebração é um convite à manifestação da fé e devoção a este Sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade. Um dia especial para festejar a presença viva de Jesus Cristo Ressuscitado na Eucaristia.
Em 1208, na Diocese de Liègé (atualmente a Bélgica), a monja Agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, observando a lua cheia, viu uma mancha escura e recebeu a revelação de Cristo de que aquela mancha era a ausência, no calendário, de uma festa especial em honra à Eucaristia. Recebeu, também, o encargo de promover essa festa.
Em 1240, o Bispo de Liègé, Roberto, promulgou um decreto estabelecendo a festa em sua diocese, para ser celebrada no segundo domingo depois de Pentecostes.
Em 1251, o delegado papal Cardeal Hugues de Saint-Cher inaugurou a festa em Liègé. Daí em diante, a festa passou a ser celebrada na quinta-feira depois da oitava de Pentecostes.
Em 1264, através da Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo”, o Papa Urbano IV estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos. Material que até hoje é usado durante a Solenidade. São Tomás compôs o hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia.
A festa só encontrou lugar seguro no calendário, tornando-se uma das mais populares, 50 anos depois, quando o Papa Clemente V confirmou o decreto de seu predecessor e João XXII o publicou em 1317.
A prática das procissões surgiu em 1279, na Colônia, imediatamente seguida por outras igrejas. A hóstia consagrada era levada pelas ruas e campos, uma homenagem pública a Cristo presente no sacramento.
A festa no Brasil
No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima, em Brasília. A tradição de enfeitar as ruas surgiu na tradicional cidade mineira de Ouro Preto.
Compõem a celebração de Corpus Christi a Santa Missa, Procissão e Adoração ao Santíssimo Sacramento. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.
Durante a Santa Missa o celebrante consagra as hóstias que serão consumidas. Uma, em especial, maior que as demais, é apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.
Neste ano, a Celebração de Corpus Christi retoma, também, a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016, que teve como tema “Casa comum, nossa responsabilidade”, e como lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Amós 5,24).