Enquanto muitas crianças se encantam com super-heróis, Antônio prefere organizar procissões em honra ao santo padroeiro
Nos corredores da Conferência Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em São Tiago, uma história singular tem encantado os corações dos fiéis e daqueles que ouvem falar sobre o pequeno Antônio Davi Siqueira. Aos seus tenros 3 anos de idade, Antônio protagoniza uma relação de devoção incomum para sua idade: em vez de brincar com os usuais bonecos de super-heróis, ele prefere se dedicar aos santos, especialmente a São Vicente de Paulo.
Filho de Antônia Denise de Siqueira Silveira e Marcos Antônio Silveira, Antônio não está sozinho em seu fervor religioso. Sua família, composta por pai, mãe e três irmãs - Maria Fernanda, Maria Luiza e Maria Eduarda -, todos são vicentinos, participantes ativos da comunidade local.
Segundo relatos de sua mãe, Antônio dorme todas as noites abraçado à imagem de São Vicente, e o maior desafio da família surge quando a imagem do santo se quebra. "Ele é bastante cuidadoso, mas eventualmente acontece, e ele não para de chorar até que a gente conserte ou compre outra", revela Antônia Denise.
Para ela, a devoção de Antônio é motivo de alegria e orgulho. "Por enquanto é uma brincadeira que está se tornando devoção. Nós amamos muito São Vicente e queremos que Antônio carregue essa fé consigo", declara.
Além de sua devoção, Antônio é descrito como uma criança dócil, gentil e obediente. Sua única travessura é levar a imagem de São Vicente escondida dentro de sua mochila para a escola. "A escola não permite que as crianças levem brinquedos, por isso, ele leva escondidinho e deixa guardadinho na mochila", conta a mãe, entre risos.
Para Antônio Davi Siqueira, São Vicente de Paulo é mais que um personagem religioso: é seu companheiro de brincadeiras e fonte de inspiração para uma fé que, desde cedo, mostra-se presente em seu coração infantil.