“Ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai. Eu e o Pai somos um só.”

Semana de 6 de maio de 2019 (referência: leituras do domingo 12 de maio)

Quarto Domingo de Pascoa – Domingo do Bom Pastor

Leituras: At 13,14.43-52; Ap 7,9.14b-17; Jo 10,27-30

 

“Ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai.  Eu e o Pai somos um só.”

 

 

EVANGELHO – Jo 10,27-30

 

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

 

Naquele tempo, disse Jesus:

«As minhas ovelhas escutam a minha voz.

Eu conheço

as minhas ovelhas e elas seguem-Me.

Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão-de perecer

e ninguém as arrebatará da minha mão.

Meu Pai, que Mas deu, é maior do que todos

e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai.

Eu e o Pai somos um só».

 


 

Reflexão vicentina

O quarto Domingo do Tempo Pascal é considerado o “Domingo do Bom Pastor”, pois todos os anos a liturgia propõe um trecho do capítulo 10 do Evangelho segundo João, no qual Jesus é apresentado como Bom Pastor.   Para nós vicentinos, este dia tem um sentido duplo, porque muitas vezes somos pastores e outras somos ovelhas, portanto, é necessário aprofundar o sentido desta relação entre o pastor e as suas ovelhas.

 

Em primeiro lugar, o Pastor escolhe as suas ovelhas.  Na primeira leitura, Paulo e Barnabé dizem claramente que os gentios foram escolhidos especialmente por Deus para serem evangelizados por eles (que honra!).  Os judeus deveriam ser os primeiros a ser evangelizados, mas a maioria deles se negou a “ser ovelhas” dos apóstolos; os Pastores Paulo e Barnabé buscaram um outro rebanho. 

 

Como vicentinos, somos também escolhidos por Deus, porque é Ele que nos dá a graça da nossa vocação.  Somos, portanto, Suas ovelhas.  Mas somos chamados a ser pastores, como evangelizadores dos Pobres.  Nós escolhemos os Pobres que vamos servir e acreditamos firmemente que é o Espírito Santo que Os põe nas nossas mãos e nas nossas Conferências.  Desta forma, é como se fôssemos pastores enviados pelo Pastor Supremo, para o serviço às ovelhas preferidas Dele (do Pastor Supremo). 

 

Esta é uma relação mística entre Deus, os Pobres e nós.  Jesus diz sobre sua função de Pastor: “Meu Pai, que me deu (as ovelhas), é maior do que todos e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai; Eu e o Pai somos um só”.  Esta belíssima relação entre nós e os Pobres faz com que, no final, o Pastor Supremo e nós sejamos um só.

 

Em segundo lugar, o Pastor não deixa perder nenhuma das ovelhas; especialmente protegendo-as do maligno.  Jesus diz claramente no Evangelho que Suas ovelhas “nunca hão de perecer e ninguém as arrebatará da Sua mão”. 

 

Se, como vicentinos, somos escolhidos por Deus para ser suas ovelhas e, como vimos, para ser também seus pastores, não devemos ter medo porque Ele sempre vai nos proteger.  Mas também, como vicentinos, devemos tratar cada um de nossos assistidos individualmente, como um dom de Deus.  Não podemos deixar perder nenhuma destas “ovelhas” a menos que elas mesmas queiram abandonar o “rebanho”. 

 

É sublime a mensagem de que o “Dia do Bom Pastor” poderia ser chamado como o “Dia do Bom Vicentino”!