A forma muito gentil de tratar as pessoas, o carinho nas palavras e a fé inabalável são características muito fortes de Charleston Dias Ferreira, de 27 anos. E acredite, parte desta personalidade se formou por meio do contato com os vicentinos. Ele é um dos 25 seminaristas auxiliados pelo Caixa Dom Belchior, um programa do Conselho Metropolitano de Formiga que auxilia financeiramente estudantes de baixa renda que desejam seguir a vida consagrada.
Mensalmente, por meio de uma coleta especial realizada pelas Conferências da área, os assistidos do Caixa Dom Belchior recebem uma ajuda de R$250 para gastos pessoais. Dinheiro muito útil, avalia Charleston. “Graças a Deus sou de família humilde, o que digo com muito orgulho, pude pagar muitas despesas pessoais, nas faculdades e nas viagens (por meio do auxílio)”.
Mas o dinheiro não é a contribuição mais importante dos vicentinos dada ao seminarista. Ele pontua duas ações que, segundo ele, foram indispensáveis na caminhada cristã. “Os membros da Sociedade de São Vicente de Paulo (SSVP) muito contribuíram com minha caminhada. Primeiro, pelas orações. Desde o início de meu processo formativo, conto com as preciosas preces de meus irmãos e irmãs vicentinos, o que me fortaleceu a cada dia na caminhada. Segundo, pelo testemunho. Sempre me encantou o amor concreto vicenciado pelos vicentinos por meio de palavras e atos. Eles promovem a dignidade e integridade da pessoa, trabalhando em prol dos mais necessitados”.
ORDENAÇÃO
O seminarista Charleston será ordenado diácono no próximo dia 18 de março. A celebração será às 9h30, na Igreja Catedral Nossa Senhora de Oliveira, em Oliveira, pela imposição das mãos e oração consecratória do bispo Dom Miguel Angelo Freitas Ribeiro.
VOCAÇÃO
A mãe Cleusa Cunha Dias sempre percebeu que o filho tinha vocação para a vida consagrada, embora ele negasse, por cultuar o desejo de constituir família. Ao ingressar na Renovação Carismática Católica, Charleston, por fim, sentiu que era chamado para uma missão diferente dos planos dele. “Após experimentar o cuidado concreto de Deus em mim e minha família, tive o desejo de servi-Lo com amor, bem como aos meus irmãos e irmãs”.
Depois de ser questionado por uma amiga se ele não tinha o desejo de ser padre, a simples pergunta despertou nele o desejo de conhecer melhor a vida consagrada. Charleston fez encontros vocacionais em 2014 e decidiu que ser padre era a vocação da vida dele. “Meu maior desejo é amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a mim mesmo. Hoje, consciente e muito feliz, abraço minha vocação”, conclama.
O seminarista é natural de Campo Belo.