Origem do Natal

A história nos mostra que a origem do Natal católico, este que comemoramos hoje, nasceu no ano 354 d.C., data em que se assinalou a primeira celebração do nascimento de Jesus. 
Esta comemoração veio substituir a festa pagã do nascimento do Sol chamada Natalis Invicti Solis que, naquela época, era celebrada pelo povo persa.

Durante muitos séculos, as igrejas cristãs não costumavam comemorar o nascimento de Cristo devido às distorções históricas com relação à data exata de sua aparição. Apesar de todas reconhecerem que a pequena cidade de Belém, em Jerusalém, foi o palco do aparecimento de Cristo na Terra, as informações sobre o dia e o ano em que isso ocorreu são desencontradas, mesmo porque os relatos descritos no Novo Testamento não especificam datas. Por causa disso, a maior festividade da época era a Páscoa, comemorada pelas instituições cristãs como referência à Ressurreição de Jesus.

Com o passar dos anos, estas mesmas igrejas começaram a se preocupar com a questão do nascimento de Cristo e algumas correntes religiosas, entre elas a Igreja Católica Romana, passaram a celebrar a data no dia 06 de janeiro. Esse dia era chamado de Epifania, palavra grega que quer dizer manifestação ou revelação da divindade a seus fiéis. Outras correntes, por sua vez, já haviam adotado o dia 25 de dezembro como a data da festividade com base em antigos relatos romanos.

Porém, depois de tantas divergências com relação ao assunto, a data que comemoramos hoje foi fixada no ano de 440 d.C. e teve como objetivo estabelecer um ponto comum entre as diversas religiosidades da época, além de cristianizar as festas pagãs realizadas no período. Por esse acordo, ficou estabelecido que as comemorações natalinas teriam um período de 12 dias, tendo início em 25 de dezembro e terminando em 06 de janeiro.

O Ano Litúrgico recomeça com o início do Tempo do Advento que corresponde às quatro semanas que antecedem ao Natal. É um período de preparação para a celebração da Natividade de Jesus, a festa do Deus que se faz homem e vem habitar entre nós. O tempo litúrgico convida à preparação dos corações e, em paralelo, alguns símbolos são utilizados para externar aquilo que acontece no mais íntimo de cada pessoa.

É assim que se apresentam os Símbolos do Natal, elementos litúrgicos ou não que vêm simbolizar sentimentos e atitudes próprias desse tempo de preparação. Muitos dos símbolos do Natal perderam ao longo do tempo o sentido litúrgico tal a disseminação e a apropriação dos mesmos pela sociedade. Cabe, porém, ao cristão fazer o resgate desse sentido, transformando, assim, o olhar sobre essa festa tão importante que se aproxima e que nos convida mais uma vez a fazer Jesus presente entre nós.

 

 

Padre Reginaldo Manzotti