“Só amamos aquilo que conhecemos” (Santo Agostinho)

         Como já é do conhecimento de todos nós, vicentinos e vicentinos,  o “ano temático 2016”  nos apresenta (e presenteia) o Livro “Um olhar de CARIDADE”, escrito pelo padre Mizaél  Donizetti  Poggioli, da Congregação da Missão-CM  (“padre vicentino”).

       Como todos os livros do padre Mizaél, e de outros padres vicentinos, e de confrades e consócias que nos falam da espiritualidade vicentina, este também – “Um olhar de CARIDADE” – nos traz  GRANDES ENSINAMENTOS.

       É muito provável que a maioria dos vicentinos já tenha refletido/meditado sobre os Ensinamentos deste livro, ou, pelo menos, já iniciado.

      Com o intuito de animar aos que ainda não começaram, copiamos, a seguir, algumas palavras, algumas frases que, com certeza, nos “obrigarão” a tomar conhecimento dos  Ensinamentos transmitidos pelo padre Mizaél.

        A  consócia Emília Fernandes Figueiró Jerônimo, presidente do Conselho Nacional do Brasil da Sociedade de São Vicente de Paulo, faz a “Apresentação deste livro”. Ela diz: “Não tive, logo no início do livro, como não o relacionar com o nosso trabalho Vicentino. Pois é isso que deve ser a bagagem  semanal do Vicentino ao ir à casa do Pobre. A sacola deve estar cheia de amor, esperança e entusiasmo. Deve estar cheia de Deus! O autor diz que o olhar de Deus é aquele olhar que motiva a sair de si mesmo, de doar-se sem reserva. Não é este o trabalho Vicentino?”  (( no terceiro parágrafo da pág. 11)).

     = PADRE  MIZAÉL:  “Fazer tudo para melhor servir os Pobres: esta é também a nossa intenção? E as nossas ações concordam com isso? O que podemos fazer para ser mais criativos em nossos trabalhos?”  ((No quadro “para pensar e partilhar”, no final da pág. 78)).

=== Como  e  onde  evangelizar  e  ser  evangelizado

        PADRE MIZAÉL cita o Papa Francisco:  “[......] Por isso, desejo uma Igreja pobre para os Pobres. Estes têm muito a nos ensinar. Nas suas próprias dores conhecem o Cristo sofredor. É necessário que todos nos deixemos evangelizar por eles”. ((pág. 22, final do primeiro parágrafo)).

 

     PADRE MIZAÉL fala dos “Moradores de Rua”:     [.......] são assim chamados porque, literalmente, a Rua é sua Morada. ((no primeiro parágrafo da pág. 26))

 

           [.....] Às vezes ocorre que, quando passamos, olhamos, mas não vemos. Na medida que lançamos um olhar em profundidade podemos constatar a grande quantidade dessas pessoas que estão vivendo nesta situação desumana. ((no segundo parágrafo da pág. 26))

 

    Não queremos e não nos esforçamos para mudar. ((no terceiro parágrafo da pág. 26))

 

   Temos medo de ver a realidade...e, por isso, somos cegos! A pior cegueira é aquela que a gente não quer ver. Não quer mudar de opinião (( no quarto parágrafo da pág. 26))

=== Novas formas de pobreza

       PADRE MIZAÉL: [.....] as novas formas de pobreza, os novos excluídos de hoje são “os migrantes, as vítimas do tráfico de pessoas e seqüestros, os desaparecidos, os enfermos de HIV, os toxicodependentes, idosos, meninos e meninas que são vítimas da prostituição .......................... ((no quarto parágrafo da pág. 49));

=== Igreja dos Pobres

    Por  duas  vezes o Documento [de Aparecida] fala que a Igreja é a “Casa dos Pobres”: 1. “A Igreja de Deus na América Latina e no Caribe é sacramento de comunhão de seus povos. É morada de seus povos; é casa dos Pobres de Deus”. 2. “A Igreja é morada de povos irmãos e casa dos Pobres”. ((último parágrafo da pág. 50))

    São João Paulo II fala que “a pobreza de milhões de homens e mulheres “é a questão que, em absoluto, mais interpela a nossa consciência humana e cristã.” A pobreza representa um dramático problema de justiça: a pobreza, nas suas diferentes formas e consequencias, caracteriza-se por um crescimento desigual e não reconhece a cada povo o igual direito a “sentar-se à mesa do banquete comum”. ((segunda parágrafo da pág. 51)).

=== Combater a pobreza com o Pobre

       PADRE MIZAÉL: É preciso conseguir que o pobre faça e se faça oportunidade tornando-se sujeito de sua própria história...... ((pág. 52, no segundo parágrafo))

      O amor ao próximo e a justiça não podem separar-se. O amor implica  uma absoluta  exigência da justiça, que consiste no reconhecimento da dignidade  e dos  direitos do próximo. ((pág. 53, no primeiro parágrafo))

 

 

=== Amor ao Pai e ao próximo

     PADRE MIZAÉL: ...... o chamamento ao Evangelho não é só à conversão para o amor do Pai, mas também para a “fraternidade universal” e, por consequência, a exigência da justiça no mundo. ((no segundo parágrafo da pág. 54))

   ..... não é para o Pobres que Jesus Cristo foi enviado? Diz Ele: “Fui enviado para anunciar o Evangelho aos Pobres... ((no segundo parágrafo da pág. 55))

         Ele [Jesus] fala abertamente que  faz a opção pelos Pobres e oprimidos da Galileia. ((no primeiro parágrafo da pág. 56))

         O papa Francisco chama a Igreja a ser “uma mãe de coração aberto” e convoca a todos a estarem sempre “em saída” em direção aos Pobres. ((último parágrafo,pág.57))

        Muitas vezes é melhor diminuir o ritmo, pôr de parte a ansiedade para olhar nos olhos e escutar, ou renunciar às urgências para acompanhar quem ficou caído à beira do caminho. ((no primeiro parágrafo da pág. 58))

       Vicente de Paulo dizia que todas as pessoas que anunciam o Evangelho devem, “em primeiro lugar, sentir-se profundamente comovidas e aflitas com as desgraças do próximo. Em segundo lugar, é necessário que essa misericórdia  e  compaixão  apareçam no exterior e em nosso semblante”. ((início da pág. 62))

      PADRE MIZAÉL: Vicente de Paulo: “Eis uma grande caridade”.... “mas é mal organizada” ((no terceiro parágrafo da pág. 71))

      Cada  senhora  deverá saber que é preciso “convidar amavelmente o doente a comer por amor de Jesus e de sua Santa Mãe” ((no primeiro parágrafo da pág. 72))

      [.....] foi neste ano que  ele [Vicente] começou a Organização da Caridade. Comente esta afirmação a partir do texto. (( No quadro “para pensar e partilhar”, no final da pág. 72))

      Falando sobre São Vicente, que dizia: “O Pobre é a presença de Jesus Cristo no mundo......Quando se vê o rosto desfigurado do Pobre conclui-se que é o rosto de Deus que está desfigurado (( nos parágrafos primeiro e segundo da pág. 75))

 

      Ajudamos os Pobres para que eles fiquem ricos ou ajudamos os Pobres para que tenham dignidade e vida em abundância?

      Servimos os Pobres com humildade e simplicidade?  ((no quadro “para pensar e partilhar”, no final da pág. 76))

 

      PADRE MIZAÉL: .....Vicente de Paulo, como inovador, começa a perceber que se deve aceitar o Pobre tal qual ele é, e fazer adaptações do serviço conforme a realidade do Pobre ((no terceiro parágrafo da pá. 77))

 

          .........  “........... como fazia nosso Senhor, que não fazia exceção de ninguém; porque ele assistia a todos que recorriam a Ele”. ((no segundo parágrafo da pág. 78))

 

  PADRE MIZAÉL:   ..... Vicente de Paulo pedia às Irmãs que cuidassem “das pobres crianças abandonadas............ e dos Pobres criminosos que eram subjugados ao trabalho forçado. ((no terceiro parágrafo da pág. 78))

 

      Fazer tudo para melhor servir os Pobres: esta é também a nossa intenção? E as nossas ações concordam com isso? O que podemos fazer para ser mais criativos em nossos trabalhos? ((no quadro “para pensar e partilhar”, no final da pág. 78))

 

     Em 1617, Vicente de Paulo encontrou Jesus Cristo no Pobre. Sua vida mudou radicalmente.    ....... Servindo os Pobres [....] apercebemo-nos que nossas vidas, nossas concepções nunca permanecerão as mesmas.....  ((no primeiro parágrafo da pág. 79))

 

     PADRE MIZAÉL nos mostra como Vicente de Paulo “se espelhou” em Jesus Cristo: ((ver pág. 79, a partir do segundo parágrafo)).

 

     PADRE MIZAÉL: O olhar vicentino é um olhar unificador e libertador. É um olhar maravilhosamente simples........... Quando se crê fielmente que Jesus Cristo está no Pobre – é neste princípio fundamental que se enraíza a unidade vicentina e é preciso primeiramente comungar este princípio para ser vicentino – há necessariamente continuidade entre fé e serviço, entre fé e vida. (( no segundo parágrafo da pág. 80))

 

     Você acredita, como Vicente de Paulo, que Jesus Cristo está no Pobre?

     Quando você serve os Pobres, você está  servindo a Deus. Você faz esse serviço com qualidade? ((no quadro “para pensar e partilhar”, no final da pág. 80))

 

   PADRE MIZAÉL lembra Vicente de Paulo falando a uma futura Irmã: “É preciso conquistar pelo amor o direito de dar”.    Padre Mizaél: É difícil dar. Não exagero dizendo que é dificílimo dar sem humilhar, sem aparência de superioridade, de força, de prestígio, dar sem que nossa mão esquerda saiba o que fez a direita. ((no terceiro parágrafo da pág. 82))

 

  PADRE MIZAEL: O Papa Francisco fala:  [.....] não perder o foco nas mudanças [.....] no mundo atual, sem perder de vista a importância inestimável do ser humano. (( ver o segundo parágrafo da pág. 118))

 PADRE MIZAÉL: cita o Documento de Aparecida:  “O encontro com Jesus Cristo através dos Pobres é uma dimensão constitutiva de  nossa fé em Jesus Cristo ((no segundo parágrafo da pág. 120))

 

PADRE MIZAÉL: 1. Temos preocupação com o sofrimento dos Pobres? 2. Os Pobres nos evangelizam? Nos mostram os caminhos para Deus? ((no quadro “para pensar e partilhar”, no final da pág. 120))

 

PADRE MIZAÉL:   Não há como, conhecendo bem a realidade dos Pobres, falar mal dos Pobres. ((no primeiro parágrafo da pág. 124))

Evangelizar é, além de mostrar o caminho do céu, lutar para que haja justiça e igualdade.((no segundo parágrafo da pág. 124))

 

PADRE MIZAÉL: A grande estratégia que é preciso assimilar no trabalho com os Pobres é que precisamos ver os Pobres a partir deles mesmos e não a partir de nós.

((no segundo parágrafo da pág. 125))

 

PADRE MIZAÉL: falando sobre Dom Helder Câmara: Figura cheia de bondade e de ternura ao mesmo tempo que era duro em suas palavras na defesa dos pequenos e marginalizados. ((no terceiro parágrafo da pág. 125))

 

        O que significa para você uma “mudança de olhar”?  ((no quadro “para pensar e partilhar”, no final da pág. 126))

 

      1. Temos medo das mudanças? 2. Quais benefícios uma mudança pode trazer? ((no quadro “para pensar e partilhar” no final da pág. 110))

 

=== Não perder a esperança

       PADRE MIZAÉL: cita o Papa Francisco: ..... “conservar a esperança, deixar-se surpreender por Deus e viver a alegria. Nunca percamos a esperança. Deus é a nossa esperança. ((no terceiro parágrafo da pág. 60))

                       O meu sonho é que todos  nós, vicentinos  e  vicentinas,  meditemos sobre os Ensinamentos deste livro –  “Um olhar de CARIDADE”  – e  que, com a graça de Deus, possamos servir melhor ao Cristo que está presente nos Pobres.  

 

      Padre Mizaél, muitíssimo obrigado!!! Que o Espírito Santo continue o iluminando em sua sublime missão. Muita saúde e paz!!!

confrade Rafael José de Barros Pinto

Conferência Nossa Sra. do Rosário (Passos,MG)